domingo, 22 de setembro de 2013

Não fá máli - 32


Mais uma história da Sofia que, como todas as crianças, está sempre a proporcionar-nos momentos deliciosos, mais os que aqui não são contados, porque não é possível descrevê-los por palavras.

 

Sedenta de entrar no mundo dos mais crescidos, ela tenta imitar os primos e os adultos com quem convive no dia a dia. Tudo o que ouve e vê, ela repete com certeza, a menos que... algum receio se sobreponha.

 

E às vezes acontece. Ela quer fazer e chegar onde os mais velhos chegam, mas apesar da sua tão tenra idade, o instinto fala mais alto e ela sabe que pode não ser seguro para ela.

 

Por exemplo, acontece isso na praia, ao entrar na água do mar que ela adora, mas(!)... e com os animais, que ela tanto gosta e quer fazer festas e tocar, mas(!)...

 

E quando a coisa é pacífica e eu, na qualidade de avó, percebo que não há perigo, incentivo, para que ela perceba que não faz mal e que pode ir em frente sem receio. E vou sempre dizendo "não faz mal, Sofia, não faz mal".

 

E à força de tanto encorajá-la e de tanto repetir a mesma frase do não faz mal, ela começou a surpreender a mãe, ao passar muito perto de um animal, ou em outra situação em que ela fica receosa. E antes que a mãe diga alguma coisa, mesmo com a vozinha a tremer e toda aflita, tremelicando por todos os lados, vai dizendo para a mãe, "não fá máli... nãaao fá má-li, nãaaaaao fáaaa máaaa-li"...

 

Mas a coisa vai.