sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Emílio - 52


O Emílio é um fofo e tem uma superpaciência com a Sofia que, contrariamente ao Emílio, está sempre muito agitada e grita com ele e nunca quer perder e se chateia muito, apesar de gostar muito do amiguinho.

 

Os dois estavam brincando em casa da Sofia que, como sempre, queria mandar em tudo e ditar as regras do jogo a seu belo prazer, falando ao mesmo tempo Inglês e Português. Inglês, porque residem nos Estados Unidos e Português porque, enquanto a Sofia é filha de portugueses, o Emílio é filho de mãe americana e pai brasileiro. E nesse dia a Sofia estava particularmente chata, tanto que, apesar de toda a sua paciência, o Emílio que é muito tranquilo, já estava a ficar tão cansado do desatino da amiguinha, que foi obrigado a ir ter com os pais dela, dizendo: "Ai, já tô ficando in-có-mó-da-do!..."

 


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O avô Armando - 51


Com quatro anos, a Sofia ainda não tem a noção da morte. E porque o avô paterno faleceu antes ainda de ela nascer, a mãe, saudosa do pai, de vez em quando, fala-lhe do avô Armando que está no céu.

 

Achando tão estranho ouvir falar em alguém que não pode vir e sem perceber que razão tão forte é essa, a Sofia já perguntou à mãe: 

 

- "Mas ele não vem porquê, não tem a chave?"

 

sábado, 1 de agosto de 2015

Os sonhos do Vasco - 50


O Vasco, que vive na Suíça, está de volta a Portugal com os pais e o irmãozinho, para passarem férias com a avó. Na casa de férias, o Vasco dorme no mesmo quarto com a avó Zá. 

 

Uma noite, à hora de se ir deitar, a avó deu-lhe as boas-noites e disse-lhe que tivesse "sonhos cor-de-rosa". 

 

Ao que parece, o Vasco não gostou muito dos sonhos cor-de-rosa, porque disse à avó: "não avó, não... sonhos cor-de-rosa, não". 

 

Apercebendo-se do lapso que eventualmente teria cometido, a avó então perguntou-lhe se podiam ser azuis, por exemplo. 

 

O Vasco, então, mais tranquilo, respondeu: "azuis, pode ser, sim, azuis".

 

domingo, 19 de julho de 2015

Histórias de Sofia - 49


Era uma vez um grande leão. E depois um menino pensava que o leão o estava a comer. E depois o leão estava muito forte. E depois o menino pensou que o leão tinha luz na sua barriga e nos pés. E depois o menino foi a correr para o leão não o comer. E depois o menino encontrou uma menina. E depois o leão estava a comer os dois. O senhor que tinha uma faca cortou o leão e a menina e o menino disseram “yeh... nós estamos salvos!”. 

FIM

 

Um dia um menino deixou cair um brinquedo. E depois ele não sabia onde é que estava. E depois ele encontrou um amigo novo. E depois ele disse: “vamos brincar no mar”. E depois ele disse: “eu quero brincar na areia contigo”. E depois ele disse que queria brincar às escondidas na areia. E depois ele não sabia onde é que estava o papá e a mamã dele. E depois ele viu que estava noite. Esta história é um bocadinho triste.

FIM




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O Vasco - 48


O vasco é um garotinho de quatro anos, muito fofo, filho de mãe portuguesa e pai suíço, que por isso vive na Suíça. Vem com frequência a Portugal e fala muitas vezes com a avó materna que vive em Lisboa.

 

No dia 10 de Junho a mãe disse-lhe que era o dia de Portugal e que iam falar à avó. O Vasco não se fez esperar, correu para o skype, ligou para a avó e assim que a viu, logo tratou de a informar:

 

- Avó Zá, Portugal faz anos hoje!