Sofia
seguia no seu próprio assento no banco detrás do meu carro enquanto eu a levava
a casa, depois de ter passado com ela algum tempo num parque infantil.
A
conversa foi parar aos mortos, nomeadamente o avô Armando e outros familiares
que já faleceram. Arrematando a conversa, resolvi dizer que estavam todos no
céu. Sofia começou a ficar muito agitada, contrariando-me e dizendo “o céu…
isso não existe”!
Pensei
que tinha ouvido mal, mas ela continuou barafustando e eu, apontando para cima,
perguntei-lhe se aquilo azul era ou não o céu. Ela respondeu que sim, mas que
os mortos não iam para ali, iam para o cemitério.
Bom,
depois de uma argolada destas, por momentos fiquei sem palavras. Foi o
suficiente para ela ganhar terreno e continuar as suas sentenças:
- Isso
não existe, se queres acreditar nisso, acredita, “dahaaaaa”… (!)
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