Sofia
tem quase nove anos e adora jogos. Todas as vezes que estou com ela tem um jogo
novo para mostrar e ensinar à avó. E agora está completamente rendida às
delícias do seu último jogo que é de magia. Quando lá cheguei ela tratou logo
de me chamar para me revelar as suas habilidades e os seus dotes especiais. E
depois de inúmeros truques em que foi muito bem sucedida, tirou umas quantas
cartas de um baralho normal, pedindo-me para eu adivinhar o número de cartas
que ela tinha nas mãos. Olhando as cartas disse-lhe que não fazia a menor ideia
de quantas eram. Mas ela insistiu porque precisava de dar continuidade ao
truque. Para não fazer desfeita, disse ao acaso o número vinte e um.
Em
resposta ouço um melancólico “simmmmmm” que se prolongou o tempo suficiente
para deixar transparecer a sua completa decepção e o maior desânimo, embora me
tivesse dado uma enorme vontade de rir.
Sem
querer, e contra todas as previsões, a “chata” da avó tinha mesmo acertado. Só
que isso não fazia parte do jogo.
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