O
Diogo foi filho único até aos quatro anos. O convívio dele com os primos é
muito grande e adoram brincar e estar todos juntos.
Ele
tem um primo pouco mais velho do que ele, que tem uma irmãzinha mais
pequena e que trata o irmão, o Gonçalo, por "mano". Como ela e o Diogo têm
sensivelmente a mesma idade, ele sempre a ouviu chamar o irmão de
"mano", pelo que também sempre chamou o primo da mesma maneira, ignorando
completamente o nome e o parentesco. Até porque o "mano" era o
seu herói e ele fazia tudo o que o outro fazia. E para ele, o
primo era o mano. Se para a prima o Gonçalo era o mano, porque é que para ele
tinha que ser diferente?
Com a
chegada do irmãozinho a coisa esclareceu-se, mas não tanto. É que
agora o Diogo tem finalmente, também ele, um "mano", o Daniel, que é um
mano de verdade. E então, ficou de uma vez por todas a saber que o outro
mano não era realmente mano, mas primo.
Mas
ainda assim ficou com uma dúvida e por isso, outro dia, ele fez a seguinte
pergunta à mãe:
- "Oh mãe, quando o mano crescer também vai ser meu
primo?"...
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