A
Tamy era pequerrucha, estava a começar a falar, naquela fase em que os adultos
se encantam com cada palavrinha nova que surge no vocabulário de uma
criança e ficava com a babá, enquanto o Ilan e a Tathi iam trabalhar.
A
Verónica perguntava à Tamy: "quem mora aqui?" A Tamy
respondia: "o papai". A Verónica continuava: "e
mais?" Ela respondia: "a mamãe". E a Verónica: "e mais",
a Tamy: "o Tutu". A outra continuava pedindo mais e a Tamy
respondia: "a Hanna (cadela)" e mais: "você" e mais:
"eu". A Verónica estava feliz com as respostas da Tamy.
Algum
tempo depois, a Verónica encantada com a aprendizagem da Tamy, voltava à carga:
"Tamy, quem mora aqui?" A Tamy, coitadinha, feita um
papagaio, respondia. A outra continuava e a Tamy, pacificamente,
ia respondendo por aí adiante, até a família estar de novo
completa. E este longo questionário foi repetido várias vezes ao longo de
um dia.
Já estava de saída, quando resolveu certificar-se de que a lição
estava mesmo sabida e já na frente da Tathi, que tinha acabado de
chegar, diz: "Tamy, fala para a mamãe, fala querida, quem mora
aqui?" A Tamy já farta daquilo, quando a outra faz a repetidíssima
pergunta do quem mora aqui, resolveu pôr um basta naquela história, que era como
que se lhe estivessem a chamar estúpida e responde com toda a firmeza e segura
de si: "é todo o mundo"...
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