Quando
alguma coisa me chateava, eu tinha o costume de dizer "a vida são dois
dias e o Carnaval são três". Meu filho Henrique, com cinco anos de idade, ouvia isto com frequência,
quando eu desabafava em voz alta, comigo mesma.
Ele
sempre foi muito matemático, muito preciso. Não gostava de dúvidas. O preto no
branco e o branco no preto e quando tinha dúvidas perguntava.
Um dia, uma vez mais, saiu-me esta expressão "a vida são dois dias... ". Com o seu ar inocente, mas de expoente máximo, achando que tinha que haver uma boa explicação para que a sua matemática fizesse sentido, intrigadíssimo, perguntou:
- "Oh mãe, é isso que eu não percebo?" - O quê(?), perguntei
eu. Resposta dele: -"Se a vida são dois dias, como é que o Carnaval
são três?!..."
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